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Políticas culturais: entrevista com Alfredo Bertini, economista e produtor cultural

No Brasil do dinheiro público curto, as leis de incentivo à cultura, que permitem renúncia fiscal de empresas, foram alvejadas por críticas. É um dos assuntos que mais geram polêmica nas redes sociais. A lei Rouanet, a mais conhecida delas, é tema de conflitos sem fim.

Alfredo Bertini, ex-Secretário do Audiovisual na gestão do presidente Michel Temer, expõe os dois lados de um dos assuntos mais mal compreendidos no país:

“Muita gente olha para a Cultura como aquela coisa da marginalidade, que não é prioritária, porque elas não enxergam essa percepção econômica. Só o audiovisual gera 200 mil empregos em televisão, cinema, streaming. É semelhante à indústria têxtil como participação do PIB”.

E reconhece que, apesar de ter sido previsto que as leis de renúncia fiscal eram apenas um incentivo para que a Cultura se transformasse numa indústria, o setor não foi para esse caminho, o que estabeleceu um conflito com a opinião pública e o atual governo com visão liberal na economia:

“A visão das pessoas que fazem a Cultura é uma visão estática. É uma visão de que a mão do Estado tem de ser permanente”.

A entrevista de Alfredo Bertini ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, na TV CIEE, avança na discussão da Cultura que foi tomada por radicais do Brasil polarizado.