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O esporte muito além das medalhas: entrevista com Magic Paula, campeã mundial de basquete

Às vésperas da Olímpiada de Tóquio, adiada de 2020 para este ano por causa da pandemia, e que ainda sofre pressões para um novo adiamento, Maria Paula Gonçalves da Silva, a Magic Paula, é a convidada do “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE.

Campeã mundial de basquete feminino com a seleção na Austrália, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta, e ouro no Panamericano de Havana, ela se tornou integrante do Hall da Fama do Basquete Feminino em Knoxville, nos EUA, e da Federação Internacional de Basquete, em Genebra, na Suíça. Multicampeã em seus 28 anos de dedicação ao esporte, logo depois de deixar as quadras, criou o Instituto Passe de Mágica para crianças e adolescentes e se dedicou à gestão do esporte. Hoje, é vice-presidente e diretora da Confederação Brasileira de Basquete, onde acompanha a preparação do time feminino para os Jogos do Japão.

E como dirigente, sob a pandemia, ela confessa experimentar uma situação de desafio que nunca imaginou como atleta: de planejar, decidir e conviver com a ameaça da doença e a pressão sobre as jogadoras em plena época de preparação e treinos.

E tudo diante do dilema que expõe o Japão e o mundo entre realizar os jogos, atendendo compromissos e a expectativa da realização de um evento do porte de uma Olimpíada, e a proteção máxima dos atletas diante de um vírus ainda desconhecido completamente.

Na entrevista de pouco mais de meia hora, Paula, uma das mais conscientes e politizadas atletas de sua geração, fala da importância do esporte como ferramenta de educação para a vida, para a formação de cidadãos, cobra do governo essa forma de atuação e o exime de ser o financiador do esporte profissional de alto rendimento.

Magic Paula fala com conhecimento do tema. Ela se desenvolveu como atleta ainda criança e adolescente e fez parte da melhor experiência de esporte universitário com apoio privado, o do banco BCN com a Universidade Metodista de Piracicaba. O resultado da parceria formou, à época, um dos melhores times de basquete feminino da história e que serviu também como base da seleção que viria a ganhar títulos inéditos. Ela própria, inclusive, foi aluna da UNIMEP.

Paula conta que a experiência é modelo sob vários pontos de vista que vão além das conquistas do time e a visibilidade positiva que gerava à universidade e ao patrocinador. A equipe tinha o apoio e envolvimento de professores e alunos dos cursos de fisioterapia, nutrição e psicologia, que trabalhavam no preparo e no condicionamento das atletas, enquanto desenvolviam estágios profissionais, num constante processo de qualificação recíproca.

“Muitos desses profissionais que trabalharam com a gente, entre o final dos anos 80 e começo dos 90, ocupam, atualmente, posição de liderança em suas áreas no mercado profissional”, diz ela.

Por fim, um depoimento grandioso sobre a rivalidade nas quadras com Hortência, que “lotava ginásios”, promovia o basquete feminino e que resultou na parceria vitoriosa na seleção.

Magic Paula está no Pensando o Brasil.