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O Brasil pertence a quem?: entrevista com Salim Mattar, empresário

Salim Mattar, ex-Secretário de Desestatização e Desinvestimento do governo Bolsonaro, diz que é preciso “reestatizar” o Estado, “privatizado” que foi, segundo ele, pelo establishment dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que retirou os cidadãos do centro das decisões públicas.

Na entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, ele vai além ao dizer que a estrutura de poder existente gerou uma inversão de valores na relação entre sociedade e governo, em que o Estado se serve do povo em vez de atendê-lo com serviços de qualidade, de forma rápida e eficiente. Na conjuntura atual, ele insiste, os cidadãos foram feitos reféns de uma estrutura gigante, burocrática e cara que estariam indo contra as liberdades individuais, seja para empreender ou se expressar criticamente.

Na entrevista de quase 40 minutos, ele cita a relação entre “os pagadores de impostos” e os “consumidores de impostos” para denunciar a ineficiência do setor público, apesar do alto custo pago por trabalhadores e empresas. E critica os inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal contra a liberdade de expressão, com anuência do Congresso e de outros setores da sociedade.

Salim Mattar é um empresário de sucesso e um dos fundadores da Localiza, do setor de locação de veículos, que começou nos anos 70 com uma frota de seis Fuscas usados e hoje é avaliada em dezenas de bilhões de reais. Afastou-se do conselho da empresa em 2018 quando, no ano seguinte, assumiu como secretário na equipe do ministro Paulo Guedes com o objetivo de privatizar empresas e diminuir o tamanho do Estado.

Deixou o governo em agosto de 2020 reclamando da lentidão do setor público, numa crítica dura aos grupos de interesse que paralisam as ações governamentais de modernização, com foco no que ele classificou de “castas superiores” de brasileiros que se servem do público. A crítica ao establishment e ao funcionalismo tem uma ressalva: “apesar de serem uma minoria, há servidores exemplares com enorme preocupação de facilitar investimentos, desburocratizar o Estado e zelar pelos gastos públicos”.

A conversa ainda fala da Constituição de 1988, do artigo 5º, do trabalho da imprensa atual e de disrupção.
#PensandooBrasil