Com a mudança de comando na Casa Branca, como serão as relações entre Brasil e Estados Unidos?
O democrata Joe Biden foi recentemente empossado como o 46º presidente dos EUA, depois de tumultuada eleição em que derrotou o republicano Donald Trump, que concorria à reeleição.
Sob a presidência do presidente Jair Bolsonaro, o Palácio do Planalto imprimiu forte relação de alinhamento ideológico com a Casa Branca, tendo o próprio presidente manifestado abertamente a sua preferência pelo republicano diante do candidato democrata e, mais recentemente, já eleito presidente.
Do lado americano, durante um debate de campanha, Biden chegou a dizer que juntaria recursos com outros chefes de Estado para conter o desmatamento na Amazônia, ignorando os argumentos brasileiros para as queimadas, o que gerou resposta também acalorada por parte do governo brasileiro que criticou a tentativa de interferência estrangeira na soberania brasileira sobre a sua Amazônia.
Que relações teremos, depois de tudo isso, entre as duas nações historicamente aliadas e próximas, quando a campanha já ficou para trás e o pragmatismo da governança não pode sucumbir a ideologias?
O que será Biden depois da eleição? Como será Bolsonaro depois da eleição de Biden? No que eles podem estar juntos? No que eles terão de estar juntos, querendo ou não?
Para responder a essa série de questões, o “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, convidou o economista Otaviano Canuto, ex-diretor do Banco Mundial e professor das universidades George Washington e Columbia, e o cientista político Hussein Kalout, professor e pesquisador da universidade de Harvard e ex-secretário de assuntos estratégicos do Governo Michel Temer.