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Bolsonaro tem o dever de comandar as reformas: entrevista com Maílson da Nóbrega, economista

O presidente Jair Bolsonaro tem de comandar as reformas estruturais. É o que defende o economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, entrevistado do “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE.

Para o ex-ministro, as reformas, de importância vital para o país sinalizar ao mercado um compromisso efetivo e de longo prazo do com o controle do crescente endividamento público, é uma atividade essencialmente política que requer envolvimento direto do presidente da República que, segundo ele, ainda não houve.

Com a recente eleição de dois aliados para a presidência da Câmara e do Senado, uma vitória do Planalto no Congresso, a esperança é que a força do Executivo se faça presente, além da já bem articulada formulação técnica dos projetos de reforma constitucional do Ministério da Economia.

Apesar da volta dos sinais claros de retomada, o nó econômico do temor fiscal, o barulho político com assuntos laterais e a lentidão do andamento das negociações no parlamento, até aqui, têm feito o Brasil perder parte importante da recuperação econômica que o mundo começa a experimentar, com um crescimento mais intenso, sobretudo da China, o que, dada a demanda pelas comodities brasileiras, deveria impactar positivamente o câmbio, com valorização do Real, uma das moedas que mais perderam valor na pandemia.

No entanto, na prática, o temor fiscal em relação ao país, que ainda negocia fontes de recursos para uma nova ajuda emergencial à população mais carente, tem mantido o Real desvalorizado com impacto já perceptíveis e resilientes na inflação.