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Prioridades nacionais: entrevista com Janaina Paschoal, deputada estadual

2 de agosto de 2021

Com pouco mais de dois anos e meio de mandato como deputada estadual de São Paulo pelo PSL, a jurista Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Roussef, vai muito além da sua experiência na Assembleia Legislativa ou de seu passado recente de ativista do debate público na entrevista que concede ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE.

Defensora intensa de candidaturas avulsas nas eleições para cargos públicos no país, ela enfrenta o lobby dos partidos que hoje têm o poder exclusivo de decidir a indicação de seus candidatos. Para Janaina, a hegemonia da direção partidária impede uma maior diversidade de candidatos e de “aumentar – e qualificar democraticamente – a concorrência”. Na entrevista, ela reclama do atual projeto de reforma política em debate – “que não vai avançar em nada” – e diz que o eleitor é tolhido em suas escolhas no dia da eleição, citando o Senado, por exemplo, em que o nome do candidato é usado como moeda de troca na composição de alianças políticas.

Crítica da ideologização de esquerda que domina as universidades, movimentos sociais e parte imensa da imprensa do país, ela também aponta o dedo para a parte mais estridente da direita que, em vez de disputar o espaço político, resume-se em boicotar ou fazer campanha contra a academia ou as redações.

Defendendo um debate amplo e com foco na eficiência, ela diz que as políticas para jovens são insuficientes ou voltadas para a defesa de bandeiras políticas, ideológicas e de comportamento social, em detrimento justamente do que os jovens mais precisam, como educação de qualidade, formação profissional para o mercado e oportunidade de trabalho.

Na conversa, a deputada Janaina Paschoal ainda critica os revisionismos históricos, fala do esquerdismo autoritário, da necessidade de uma direita mais qualificada e aberta ao debate, de redes sociais, da discussão ‘startups versus formação técnica’, e do barulho institucional, como o STF e suas decisões “insustentáveis”, com interferência direta nas eleições do ano que vem.
#PensandooBrasil