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Pandemia – a urgência que o STF não percebeu: entrevista com Gaudêncio Torquato, jornalista

22 de março de 2021

O jornalista Gaudêncio Torquato diz que a pandemia ainda sofre com a incompreensão de sua urgência e gravidade, em que pesem os esforços feitos e medidas já realizadas por governos, seja em auxílios econômicos ou de saúde ou à dedicação mais recente na aquisição de vacinas.

No caso brasileiro, em parte também no mundo, a política partidária não cedeu completamente à lógica da política de construir consensos para o bem-estar coletivo e a politização ruim invadiu o debate científico e médico do combate ao vírus.

Em entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, Torquato, de vasta experiência nas redações de grandes veículos, como escritor e também professor universitário, diz que “no Brasil, uma eleição começa quando acaba a outra”, intensificando a polarização ideológica, iniciada no início deste século, do “nós contra eles”, com sinais trocados ou não, a depender de quem esteja no poder.

O próprio Supremo Tribunal Federal, que, em medida monocrática do ministro Edson Fachin, recentemente anulou decisões da Lava Jato trazendo o ex-presidente Lula, condenado anteriormente por corrupção, ao cenário da eleição de 2022. “O STF não inocentou Lula, é preciso que fique claro, visto que a Justiça de Brasília pode condená-lo novamente”, diz ele, mas a pauta urgente da pandemia acabou suprimida por um debate eleitoral antecipado.

Na entrevista, Gaudêncio Torquato, ainda fala do barulho das redes sociais, da necessidade de educação política e da imprensa “excessivamente opinativa”.