“Para quem só tem martelo, tudo é prego”.
A conclusão com uma leve pitada de humor do professor de gestão Carlos Eduardo Furlanetti é uma provocação séria de como o conhecimento para a vida contemporânea, no século 21, requer diferentes habilidades e a necessidade de aprendê-las rapidamente.
Professor de gestão da FIA Business School, da Fundação Instituto de Administração de São Paulo, uma das mais prestigiadas escolas de negócios do país, Furlanetti ainda pondera a certeza, ainda presente no meio das finanças, de que a racionalidade é o suficiente para a gestão, para a tomada de decisões financeiras, seja de um indivíduo ou empresa. “Cada conjunto de decisões tem vários componentes. Tem um componente que é o de preparação espiritual, de estar preparado para o mundo atual. Às vezes, você luta contra esse mundo, que é incerto e instável, e você fica sonhando com o mundo de 20, 30, 40 anos atrás. Esquece isso! Isso é só uma fonte de sofrimento para você”.
Na entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, além de ser, como ele mesmo diz, “um cara de finanças falando de preparação emocional”, Furlanetti também discute a boa notícia do aumento de investidores na Bolsa de Valores, o que é positivo, e da busca desesperada das pessoas pelo Santo Graal no mercado de capitais, do ganho fácil e definitivo, o que é negativo, visto a necessidade de educação financeira e preparo técnico para atuar num mercado extremamente sensível e volátil.
E que a percepção do valor da educação pode aumentar justamente devido à explicitação prática, com ganhos e perdas, da necessidade de conhecimento sobre economia, o que inclui formação geral qualificada, para lidar com um mundo onde deixar seu dinheiro parado num banco já não garante o futuro.
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