Na conversa em que fala das certezas e do que ainda requer tempo para entender a retomada da vida brasileira pós-pandemia, Sérgio Sá Leitão, Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, vai muito além em discutir a percepção social e as consequências das atividades culturais no cotidiano, além dos essenciais aspectos econômicos diante da paralisação de teatros, casas de espetáculos e muito da produção artística.
Ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, o secretário estadual de Cultura, ex-ministro da área no governo de Michel Temer, diz que ainda é preciso explicar e exemplificar o quanto a Cultura faz parte da vida das pessoas. Refere-se ele às críticas que, com muita frequência, reclamam dos gastos com projetos culturais em suposto detrimento de outras áreas como educação, saúde e segurança pública.
Sérgio Sá Leitão reitera seu posicionamento de não estatista no financiamento da cultura, mas mesmo defendendo um incremento do investimento privado e a construção da lógica de indústria cultural autossuficiente, diz que é necessário o uso de recursos públicos de forma estratégica como incentivo. E em especial neste momento como políticas anticíclicas de maneira a reduzir os danos da crise que se abateu sobre o setor, notadamente um dos que mais vivem de público presencial.
Na entrevista, o secretário estadual de cultura de São Paulo ainda fala do modelo híbrido que veio pra ficar na distribuição de espetáculos e eventos de economia criativa, de desemprego de jovens e formação cultural para o enfrentamento de violência e melhora em educação e saúde e também sobre censura à liberdade de expressão: “Devemos estar atentos aos eventuais abusos, mas temos que tomar muito cuidado. Porque os efeitos da restrição da liberdade de expressão tendem a ser muito piores à sociedade do que os eventuais abusos”.
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