Sobre o Brasil que dá muito certo e insiste com o país, o médico hepatologista e cirurgião Cláudio Lacerda diz o seguinte:
“Se existe uma coisa que pode ser um dos grandes orgulhos de nossa nação é o transplante de órgãos, feito gratuitamente pelo SUS para toda a população.”
E ele complementa:
“É um exemplo de eficiência. O Brasil tem o maior programa de transplantes de órgãos do mundo. É sério e um exemplo para todas as outras áreas do país”.
Cláudio Lacerda, entrevistado do Pensando o Brasil com Adalberto Piotto, é um ex-aluno do pioneiro de transplantes de fígado no Brasil, o doutor Silvano Raia, e criou com excelência o serviço no nordeste do país, em Recife, onde chefia a unidade de transplante de fígado de Pernambuco.
Crítico da falta de debate sobre a forma como foi implementado o isolamento social no Brasil, diante da pandemia de coronavírus, o doutor Cláudio Lacerda diz que a suspensão de outros atendimentos médicos foi trágica.
“Quantos pacientes nestes três, quatro meses tinham tumores iniciais tratáveis, curáveis com uma intervenção. Hoje, eles estão cheios de metástases não mais tratáveis. Esses pacientes perderam a oportunidade.”
E reclama do papel da cobertura jornalística:
“Você não ouvia a imprensa hegemônica falar nisso. Ela falava unicamente da Covid com uma visão aterrorizante. Não colocavam as pessoas que pensavam de uma maneira diferente”.
E diz que a resposta para a hidroxicloroquina não foi respondida pela ciência por causa de contaminação ideológica no debate.
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