Conviventes dos Espaços de Cidadania CIEE de Manaus, Salvador, Distrito Federal e São Paulo compartilharam histórias, relatos e dicas de pontos turísticos de seus territórios a partir do projeto de intercâmbio literário.
O projeto teve início no Espaço de Cidadania Xavier de Toledo, no Centro de São Paulo, durante o primeiro semestre e foi ampliado para todos os Espaços do Brasil no segundo semestre. O intercâmbio teve duração de outubro a novembro, e promoveu a redação de 544 cartas, envolvendo mais de 250 conviventes.
O objetivo é promover a troca de informações e dicas culturais entre os conviventes de diferentes territórios, a fim de despertar o interesse dos conviventes pela leitura e escrita. Muitos dos jovens nunca tinham escrito cartas.
As cartas foram distribuídas de forma que todos recebessem correspondência vinda de um território diferente do seu. Os destinatários deveriam ler e responder a carta diretamente ao remetente. Ao final do processo, foi organizada uma videoconferência para compartilhar a experiência e destacar algumas dessas correspondências.
Troca de experiências e fortalecimento de vínculos
“A videoconferência foi muito proveitosa para os conviventes, que, além da oportunidade de verem seus correspondentes “ao vivo e a cores”, compartilharam diversos assuntos que chamaram sua atenção nos diferentes territórios que puderam conhecer por meio da correspondência trocada. Trocaram ideias sobre violência, criminalidade e discriminação, mas principalmente sobre propósito, projeto de vida, motivação, sonhos, autoconsciência, entre outras temáticas positivas”, ressalta o analista de projetos sociais Leonardo Manso.
Outro assunto bastante comentado foi sobre a vivência nos Espaços, vistos como uma oportunidade de desenvolvimento pessoal, troca de afetos e fortalecimento de vínculos. “Queria que todos os jovens tivessem a mesma oportunidade que estou tendo”, afirmou Lucas, 16, que participaria de um processo seletivo para aprendizagem no dia seguinte. Outra convivente que passou a perseguir suas metas é Ester, 18, que comentou sobre a prova de bolsa para faculdade realizada no dia anterior.
Um momento divertido da interação foi o momento em que os conviventes compartilharam os significados de gírias regionais, como o “frevo” (festas ou bailes no DF), o “quicão” (cachorro quente em Manaus) e “nave” (automóvel em São Paulo).
“Como saldo final resta a vontade e curiosidade dos conviventes em conhecer o território dos outros colegas, a troca de contatos e manutenção dos diálogos entre eles”, finaliza Leonardo.
