Na última semana, os conviventes dos Espaços de Cidadania participaram de atividades sobre o Dia da Consciência Negra (20/11). Embora o tema seja recorrentemente abordado, ele ganhou força como forma de resgatar a memória, a cultura e a ancestralidade negra.
“A data é significativa por trazer à luz reflexões e questões importantíssimas como o racismo, a intolerância e a desigualdade ainda tão presentes na sociedade brasileira. Relembrar nossa origem comum reforça a importância da realização de novas lutas para tornar a nossa sociedade mais justa”, observou Carolina Monteiro, analista técnica de Projetos Sociais do CIEE.
Grajaú
No Espaço de Cidadania Grajaú, em São Paulo, SP, os grupos participaram de uma oficina de abayomi – bonecas que eram feitas sem costura alguma, apenas de nós ou tranças, a partir de retalhos rasgados das saias das mães para acalentar as crianças durante as longas viagens a bordo dos navios negreiros. Símbolo de resistência, as bonecas também representavam um amuleto de proteção e foram batizadas com um nome que significa “encontro precioso” em iorubá.
Xavier de Toledo
Já os grupos do Espaço de Cidadania Xavier de Toledo visitaram o Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera em São Paulo, que destaca a perspectiva africana no processo de formação de identidade da cultura brasileira.
Manaus
No Espaço de Cidadania de Manaus, as rodas de conversa com a participação de professores e da gerente de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (SEJUSC) foram o principal foco de abordagem do tema.
Salvador
O Espaço de Cidadania Salvador recorreu à linguagem do teatro para tratar o tema do extermínio dos jovens negros e do tráfico de pessoas. As apresentações foram realizadas pelo Centro de Referência Integral de Adolescentes.
Taguatinga
Os jovens participaram de uma apresentação de maculelê – dança folclórica que mistura elementos afro-brasileiros e cultura indígena – como conclusão das oficinas de capoeira das quais participaram durante o mês.