A pandemia do novo coronavírus ressignificou a rotina dos brasileiros em vários níveis, afetando também o Esporte. Para discutir o tema e analisar os impactos vividos na área, reunimos Fausto Giannecchini, presidente do IFG – Esporte & Educação; Fernando Trevisan, diretor da Trevisan Escola de Negócios; Wanderley Nogueira, jornalista, diretor de esportes, apresentador e repórter da Rádio Jovem Pan. A mediação foi do jornalista e coach Flávio Prado.
Para Fernando Trevisan, se por um lado o risco de contágio por Covid-19 afastou em um primeiro momento as pessoas – fãs, atletas e dirigentes – das arenas esportivas, como ginásios e estádios, por outro houve um setor que soube se aproveitar da intensificação das relações digitais.
“Os esportes eletrônicos cresceram. Começou uma série de torneios, e a base do segmento é o digital. As pessoas em casa passaram a se interessar mais por esse tipo de entretenimento. São mais de 20 milhões de pessoas no Brasil que se interessam por esportes eletrônicos no Brasil, participando de torneios, acompanhando novidades e torcendo por times”.
Ex-atleta de basquete, Fausto Giannecchini coordena um projeto social na região de Franca e acredita que o próximo ano reserva avanços na área, apesar da pandemia. “Acho que apesar da pandemia ter afastado as pessoas fisicamente, todos estamos mais solidários, o que é bom para o esporte de maneira geral”. Ele destacou a popularização do beach tennis, esporte inspirado no frescobol.
Falando sobre o futebol, considerado paixão nacional, Wanderley Nogueira, acredita que a falta de profissionalismo dos dirigentes tem sido prejudicial ao Esporte, analisando o cenário pré-pandemia.
“Gestão amadora, não tem nenhum grau de credibilidade. Há profissionais bons que não são aproveitados e acabam bloqueados. Alguns clubes centenários acabam sendo jogados para o buraco, por essa falta de gestão”, pontuou.