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Mão feminina segurando título de eleitor

Conquista quase centenária, voto feminino é passo importante pela equidade

24 de fevereiro de 2022
Mulheres passaram a ir às urnas na década de 30, e atualmente são maioria do eleitorado

Uma história que em 2022 completa 90 anos! O direito ao voto foi conquistado pelas mulheres brasileiras no dia 24 de fevereiro do ano de 1932, através de decreto assinado pelo então presidente Getúlio Vargas.

A decisão veio na esteira dos movimentos que reivindicavam mudanças na ordem social e econômica do País na década anterior, marcada, entre outros acontecimentos, pelo Movimento Tenentista, a Semana de Arte Moderna, e a criação da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, considerada, por muitos pesquisadores, como o primeiro grupo feminista do Brasil. 

Criada por Bertha Lutz, a organização atuava pelos direitos das mulheres, com objetivo de promover a educação das mulheres na vida pessoal, enquanto cidadãs com direitos e deveres, e também no mundo profissional, com foco na escolha de uma carreira seguindo sua vocação.

Entre outras conquistas alcançadas, a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, além do direito ao voto feminino, teve papel preponderante em outras lutas, como o desenvolvimento da União Universitária Feminina, o ingresso de meninas no Colégio Pedro II, e leis de proteção à mulher e à criança. Para Bertha Lutz, era prioritário fazer com que as mulheres tivessem acesso aos direitos políticos, e que fossem suficientemente conscientes de seu papel na sociedade para exercê-los.

Atualmente, as mulheres representam 52% do eleitorado brasileiro. No entanto, a representatividade feminina em cargos no Congresso Nacional está em 15%, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Muitas vezes, a maior participação da mulher na política e em outras áreas profissionais acaba esbarrando em problemas recorrentes em nossa sociedade, como o machismo e a misoginia que se reproduzem em práticas de assédio e violência. 

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