Em 15 de julho, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) visitou o CIEE para conhecer mais a fundo a atuação da associação filantrópica e pensar formas de estimular a contratação de aprendizes no País. “Por que empresas preferem pagar multa ao invés de preencher as cotas obrigatórias? Onde estamos errando?”, questionou a parlamentar em reunião.
Para Mônica Batista Vargas, superintendente Nacional de Atendimento e Operações do CIEE, “a lei atual permite a criação de muitas portarias regulamentando e mudando a aprendizagem, isso faz o programa ficar muito complexo. Além disso, há falta de entendimento de que os joven aprendizes ainda são profissionais em formação. Nesse sentido, destacou-se a importância do Estatuto da Aprendizagem, PL 6461/19, proposta atualmente em estudo no Congresso que propõe a atualização da Lei 10.097/2000.
Entretanto, a modernização que pode alavancar a abertura de vagas para jovens encontra barreiras como a MP 1116, uma iniciativa do governo federal que segue o caminho contrário e pode acabar com o programa. Representando o CIEE também participaram o superintendente Luiz Gustavo Coppola (CIEE One) e os gerente Rodrigo Nader (Assistência Social) e Claudio Rodrigo de Oliveira (Regional Centro-Oeste e DF).
O encontro foi marcado por suas surpresas. A primeira surgiu ainda nas apresentações iniciais, quando Fábio Bruno Araújo Queiroga, assessor da Tabata Amaral, contou que o CIEE marcou sua carreira. Há 15 anos, enquanto estudava na Fundação Getúlio Vargas, foi encaminhado para uma vaga de estágio no Banco Industrial do Brasil pelo CIEE.
O segundo ponto alto daquela manhã foi o encontro que Tabata Amaral teve com uma turma de jovens aprendizes que estavam em capacitação no CIEE. Em uma rápida palestra, ela contou sobre sua trajetória desde a juventude vivida na periferia da capital paulista até sua formatura na Universidade Harvard.