Comemorado em 20 de outubro – e celebrado pela primeira vez em 2020 -, o Dia Nacional da Filantropia joga luz sobre o trabalho das mais de 11 mil organizações atuantes no Brasil. O setor filantrópico, que emprega mais de 2,3 milhões de colaboradores diretos em todo o País, é também um dos mais carentes da devida atenção, demanda que busca ser suprimida através de ações para promover a valorização e gerar esclarecimentos sobre a área, vital para a sociedade.
Só na área da Saúde, por exemplo, as atividades filantrópicas correspondem a 59% de todas as internações de alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Na educação, é responsável por 2,4 milhões de alunos, sendo 725 mil bolsistas. Na Assistência Social, oferta 3,6 milhões de vagas de serviços essenciais de proteção à população em vulnerabilidade, com 47% das vagas oferecidas pela rede socioassistencial privada.
Ciente dessa importância, o Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (FONIF) reuniu grandes nomes do setor público e filantrópico, para debater o tema. A abertura ficou por conta de Custódio Pereira, presidente do FONIF, com as falas de representantes do poder público, e vozes importantes quando se fala em filantropia no Brasil: Eduardo Gomes, senador (MDB/TO), Antônio Brito, deputado Federal (PSD-BA), e Eduardo Barbosa, deputado Federal (PSDB-MG) – os dois últimos, autores do Projeto de Lei (PL) 2.117/2019, que institui o Dia Nacional da Filantropia.
Dividido em dois eventos online, com eixos diferentes, o CIEE integrou o webinar “O papel da filantropia no desenvolvimento social e redução das desigualdades no Brasil”, representado pelo CEO do CIEE, Humberto Casagrande. Com mediação do Padre Antonio Tabosa, superior do Núcleo Apostólico dos Jesuítas de Brasília e diretor Presidente da Fundação Fé e Alegria, o painel contou ainda com a presença de Paulo Fossati, presidente da Associação Nacional da Educação Católica (ANEC) e reitor da Unilasalle, José Inácio Ramos, diretor-presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie, Mirocles Veras, presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hosp. e Entidades Filantrópicas (CMB), Vania Rodrigues Bezerra, superintendente de Responsabilidade Social do Hospital Sírio Libanês, e Antônio Roberto Silva Pasin, presidente executivo da Federação Brasileira de Associações Socioeducacionais de Adolescentes (Febraeda).
“Os programas do CIEE transformam vidas e criam esperanças“, destacou Casagrande em sua fala. “A situação do jovem é desalentadora. No CIEE, temos dado assistência psicológica a esse público. Via pesquisa, identificamos que 28% dos jovens não pretendem voltar aos estudos depois da pandemia, tamanho o nível de desilusão. Destacamos nossos centros de fortalecimento de vínculos (os Espaços de Cidadania) e nossos cursos online gratuitos (do CIEE Saber Virtual), para atender a todos que estão em nossa fila, por exemplo”, comentou sobre os cadastrados na base do CIEE, em busca de uma oportunidade no mundo do trabalho.
“Já os que estão em nossos programas de estágio e aprendizagem, o atendimento vai muito além de capacitação e formação. O aprendiz, por exemplo, tem reflexo em diversas frentes: a questão do uso de drogas, evasão escolar, formação de mão de obra dos jovens para o futuro da economia. É um programa que, de uma só vez, “ataca” vários pontos de atenção. Por isso, trabalhamos sempre para aumentar o número dessas oportunidades”, e destacou que 60% das empresas não cumprem a cota determinada pela Lei da Aprendizagem (10.097/2000).
Para assistir ao conteúdo, na íntegra, clique abaixo:
O segundo debate, que acontece às 17h, pode ser acompanhado neste link. Com o tema “Pessoas que transformam o mundo pela filantropia”, participarão a Prof. Patrícia Razza, diretora da Fundação Antônio Antonieta Cintra-Gordinho, Giovana Bertoldo Viveiros, ex-aluna da Fundação Antonio Antonieta Cintra-Gordinho, estudante de Jornalismo na PUC-Campinas, e Roberto Ravagnani, jornalista, palestrante e voluntário, especializado em voluntariado. A mediação será do também jornalista Emilio Sant’anna, repórter do jornal Folha de S. Paulo.
CIEE e a filantropia
Fundado em 1964, o CIEE contribui para o acesso e integração dos jovens ao mundo do trabalho, fortalecendo o exercício da cidadania. Somos uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos e de fins não econômicos, reconhecida como entidade de assistência social que, por meio de diversos programas, dentre eles o de estágio e o de aprendizagem, possibilita aos adolescentes e jovens uma formação integral, ingressando-os na vida profissional.
Como entidade filantrópica, está na essência do CIEE, mais do que somente na missão, visão e valores, ajudar a sociedade civil, da melhor forma possível. Nossas ações visam apoiar não somente o jovem, mas também nossos colaboradores e a sociedade como um todo.
Como mencionado na fala do CEO Humberto Casagrande durante o evento, o CIEE apoia e ressalta a importância da Lei da Aprendizagem (Lei 10.097/2000) como medida legal de combate ao trabalho infantil e à evasão escolar. Beneficiados pelo programa, jovens e adolescentes recebem amparo para começar no mundo do trabalho, incentivos para permanecer na escola, e são estimulados a conhecer valores profissionais como resiliência e inovação.
Além da Aprendizagem, confira mais algumas de nossas frentes de assistência social:
Os Espaços de Cidadania compõe uma unidade do CIEE dedicada à oferta de ações e serviços socioassistenciais gratuitos para o público em situação de vulnerabilidade e risco social e pessoal, com objetivo de fortalecer a convivência social, a participação cidadã, o retorno ou permanência na escola e uma formação geral para o mundo do trabalho. O público-alvo é encaminhado prioritariamente pela rede socioassistencial, em particular, pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS).
O Somos CIEE é um programa que financia, por meio de doações, bolsas de estudos para jovens em situação de vulnerabilidade que buscam entrar no ensino superior.
Inclui CIEE é um serviço personalizado com foco na diversidade. Incentivamos e apoiamos a contratação de pessoas com deficiência, negros e pessoas da comunidade LGBTQIA+. Para isso, atuamos em parceria com outras empresas na oferta de estágio e aprendizagem, e também vagas profissionais (pessoas com deficiência).