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Imagem ilustrativa / Divulgação

Quais são as perspectivas para a aprendizagem pós-pandemia?

27 de julho de 2020
Webinar organizado pelo CIEE reúne ministra do TST Kátia Arruda, professor José Pastore e o deputado federal Marco Bertaiolli

O Brasil possui atualmente 48,5 milhões de estudantes. Muitos deles incluídos na faixa etária de 14 a 24 anos, e que podem entrar no mundo do trabalho como jovens aprendizes, de acordo com a Lei 10.097/2000. Ainda assim, antes mesmo do cenário imposto pela pandemia, poucas empresas eram cumpridoras da legislação, que também determina cotas para a contratação de aprendizes de acordo com o porte de cada organização.

Propondo uma discussão neste sentidoe pensando na inclusão dos jovens, organizamos um webinar que contou com a participação da ministra do TST Kátia Arruda, o deputado federal Marco Bertaiolli e o professor José Pastore. A mediação foi compartilhada entre o CEO do CIEE, Humberto Casagrande e o superintendente Nacional de Operações do CIEE, Marcelo Gallo.

“A aprendizagem é um direito presente na Constituição, mas os índices da aprendizagem nos estados são muito inferiores ao previsto na lei. Isso mostra o desconhecimento. Ainda assim, a aprendizagem combate o trabalho infantil e traz vários potenciais, estimulando políticas públicas. O Brasil não pode excluir”, afirmou a ministra Katia Arruda.

Recentemente o CIEE encaminhou ao Ministério da Economia uma proposta que prevê abertura de até 400 mil vagas para jovens aprendizes, e uma petição online também foi aberta.

Em sua fala, o professor José Pastore contextualizou o atual cenário econômico, em que o governo lançou programas como o auxílio emergencial para amenizar a crise gerada pela interrupção das atividades econômicas em decorrência dos riscos de contágio pelo novo coronavírus.

“Vai haver um esforço das empresas na retomada, disso eu não tenho dúvidas. Todos conhecem os graves problemas de Educação e as escolas profissionalizantes não dão conta de prover o que o mercado precisa. Precisamos de sistemas de educação continuada e cada vez mais notamos a necessidade de entrosamento entre empresas e escolas”, argumentou.

Valores como ética profissional, entendimento geral sobre o mundo do trabalho e possibilidade de as empresas ampliarem seus horizontes por meio da visão dos jovens foram algumas vantagens elencadas pelo parlamentar Marco Bertaiolli.

“A aprendizagem empresta para os alunos a ética profissional que eles vão levar para o resto da vida. Também precisamos pensar que muitos talentos são desperdiçados porque crianças e jovens não têm acesso ao conhecimento. Isso precisa mudar”, concluiu. 

Assista ao webinar na íntegra