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Estudante usando máscara sentado em uma poltrona universitária, ao fundo duas estudantes também usando máscara
Imagem ilustrativa / Divulgação

Programa Jovem Aprendiz amplia possibilidades de geração de oportunidades para a juventude, dizem especialistas

29 de abril de 2021
Oferta de vagas e oportunidades de crescimento devem ser acompanhadas pela inclusão digital

Abrir as portas do mundo do trabalho para os jovens e apresentar a rotina profissional como alicerce para a descoberta de valores pessoais. Esse é um dos propósitos da aprendizagem que foram apresentados em webinar promovido pelo CIEE, e que reuniu o deputado federal Marco Bertaiolli (PSD-SP), o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região – Campinas/SP, João César, a secretária Nacional da Juventude Emilly Rayanne e o auditor fiscal do Trabalho Ramon Faria.

A mediação foi do superintendente Nacional de Operações do CIEE, Marcelo Gallo, enquanto a abertura foi realizada pelo CEO do CIEE, Humberto Casagrande.

Para o deputado federal Marco Bertaiolli, a aprendizagem representa o primeiro passo de muitos jovens. Segundo ele, é importante que as empresas se vejam como parte desse processo, e promovam a abertura de vagas.

“A aprendizagem é uma oportunidade do jovem complementar sua formação e no contra turno poder complementar sua formação em um ambiente prático do trabalho. É o convívio no escritório, na indústria, e entender suas normas e responsabilidades. Queremos fazer com que a lei seja de fácil entendimento para empresas e para os jovens. Precisamos promover a desburocratização do que inviabiliza que as empresas contratem”.

De acordo com Emilly Coelho, o debate sobre a aprendizagem deve levar em consideração as novas tecnologias. Ela destacou que a pandemia trouxe o trabalho a distância para a rotina de milhões de pessoas em todo o mundo. Isso também trouxe um novo paradigma nas relações de aprendizado e o convívio entre alunos e professores nas salas de aula.

“Atualmente os jovens estão conectados desde muito novos. Quando a gente fala em aprendizado e aprendizagem, devemos oferecer mais aos jovens, devemos falar de inclusão digital, e políticas que envolvam o fomento de espaços para o seu desenvolvimento”.

Mitos dificultam o entendimento, diz desembargador

Contextualizando o debate e analisando a aprendizagem como forma de inclusão social, o desembargador João Cesar explicou que, na contramão da rotina regulamentada e supervisionada do jovem aprendiz, o trabalho infantil irregular compreende um ciclo vicioso de falta de acesso a educação e pobreza. 

“Todos os dias lidamos com alguns mitos. O primeiro é que trabalhar não mata ninguém, haja vista o grande número de acidentes de trabalho, que resultam na morte de crianças e adolescentes todos os dias. O outro é o que diz que é melhor trabalhar do que roubar, como se houvesse essa dualidade. A maioria dos detentos do sistema prisional começou a trabalhar precocemente”, pontuou

Coordenador nacional do programa de aprendizagem profissional na Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério da Economia,o auditor Ramon Santos também destacou o alto impacto social da integração entre empresas e jovens.

“A aprendizagem é uma das formas mais inteligentes de fazer com que nossos jovens e adolescentes consigam renda. É uma resposta às nossas demandas do presente, mas também do futuro. Além disso, o programa de aprendizagem atinge preferencialmente o público mais vulnerável”, concluiu.

Confira o webinar na íntegra