Após sofrer assédio em um carro de aplicativo, Gabryelle Correa, CEO da Lady Driver, resolveu que iria desenvolver uma alternativa de transporte mais segura para as mulheres. A empresária, convidada para o quarto webinar da série Empreendedorismo do CIEE, contou como transformou a ideia no maior aplicativo voltado para mulheres, de acordo com pesquisa do jornal Financial Times. A mediação do evento foi conduzida por Alcides Ferreira, sócio diretor da Agência FR Comunicação.
As mulheres precisam lidar com o assédio dentro do transporte público diariamente, e, apesar das campanhas de conscientização, ao menos 97% das mulheres afirmam que já foram importunadas, de acordo com estudo do Instituto Patrícia Galvão e Locomotiva. No Distrito Federal, a Lei de nº6.560 obriga motoristas e cobradores a acionarem a polícia em caso de abuso ou assédio no interior do transporte coletivo.
Esse cenário e sua experiência pessoal deram fôlego para que Gabryella deixasse de lado a carreira como nutricionista para se tornar empreendedora. Uma das crenças norteadoras do negócio é que “a mulher só tem liberdade quando tem segurança”, conta.
A panfletagem do aplicativo começou em um evento de beleza, em que foi possível notar a aceitação do público, e logo veio o desafio de atrair mais mulheres para o cargo de motorista. “De uns anos para cá as mulheres passaram a ter liberdade financeira. Na década de 70 elas não podiam ter conta no banco, e não podiam ter imóveis, carros…Isso revela a questão que a mulher não sabe dirigir. O aplicativo joga por terra todo esse preconceito”, afirma.
Atualmente o Lady Driver conta com 1,5 milhão de passageiras e mais de 60 mil motoristas apenas em São Paulo. Agora passa a contar com franquias em Fortaleza, Guarulhos, Taubaté, entre outros. Além de contar com um braço específico para o transporte de crianças, o Lady Kiddos.
Gostou do tema? Você pode assistir o webinar na íntegra, no link abaixo: